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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Popcorn and Coke

Onde Vivem os monstros

ondevivemosmonstros_3 Max é um garoto de oito anos com a imaginação a pleno vapor. Sua mão e sua irmã mais velha no entanto, parecem não encontrar tempo para suas histórias e invenções. Max então descobre um mundo novo, com criaturas desconhecidas que parecem lhe dispensar mais atenção que sua própria família e que o proclamam rei logo na sua chegada.

O visual do filme é belíssimo, junto com sua simplicidade. Os takes crus dos cenários naturais (florestas, oceano e deserto) desprendem uma sensação de imensidão e liberdade que ilustram o que o pequeno Max começa a viver com seus novos amigos. Os monstros, à exemplo dos humanos, têm, cada um, sua personalidade característica e diversa, e, por isso, não estão livres dos conflitos da convivência. Um deles, Carol, vê me Max um pacificador, o rei que pode fazer com que todos se dêem bem e parem de brigar. É aí que as coisas complicam para Max, quando ele não corresponde às expectativas de Carol.

A ilha onde os monstros vivem se mostra uma metáfora da alegria e inocência da infância. Ninguém precisa se alimentar ou se banhar, todos dormem amontoados em uma pilha e ao menos sinal de tristeza ou desentendimento tudo se resolve com uma guerra de lama. É essa simplicidade e despreocupação que cativa a atenção do público crescido; deve recordá-los como as coisas eram fáceis alguns anos atrás. É irônico portanto que meu primo de dez anos, que assistia ao meu lado, tenha soltado um “Eu acho esse filme muito besta.” Talvez seja verdade o que eles dizem, que a grama mais verde é sempre a do vizinho.

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Onde Vivem os Monstros é ingênuo e encantador, reflete as características da infância, mas lhe fará pensar em questões mais complicadas, como a convivência e o atropelo do mundo em que vivemos. Nos faz querer largar todas as preocupações e reviver a fase mais feliz da vida.

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