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domingo, 26 de setembro de 2010

Sextas-feiras reprimidas.

Toda semana é a mesma coisa. Nas sextas largamos às 19h. Depois do cafezinho+brownie do intervalo, a efusividade começa a crescer, crescer, crescer. Ela não pode ser descarregada na aula. O professor é muito bom pra atrapalharmos seu trabalho. Então quando o ponteiro maior vai se aproximando do 12 e as sete chegam mais perto, as pessoas começam a sair da sala. Nossa efusividade finalmente pode ser liberada (em parte) nos corredores. E atinge o ponto alto no banheiro; quem está lá sai correndo. Mas não podemos passar toda a noite no banheiro. Então seguimos nosso caminho em direção à saída. Lá na frente muitas pessoas. Prontas para mais uma noite de diversão e socialização. Uma festa a alguns quilômetros dali, na verdade não sei se essa medida é certa, sei que se pode ir andando até lá. Ainda ficamos mais uma hora por ali, conversando sentadas, fazendo tudo com uma alegria invejável, tentando descarregar toda a animação que nos enche. Em vão. Chega a hora de ir. Mais uma semana se passou, e terminará do mesmo modo de sempre: a volta pra casa em um ônibus fatigado, individualista e silencioso. Com tudo que deveria ser solto, que é natural solto, mais belo solto - como um pássaro silvestre - , preso ali dentro.

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